Um exemplo lindo para entender melhor!
Para que eles não precisem passar uma vida inteira tentando se encaixar numa personagem que lhe foi imposta através do discurso. Para que possa se conhecer verdadeiramente. Para que possa ter com os pais e pessoas à volta relacionamentos verdadeiramente baseados em si mesmos.
Ao tentar nos encaixar nas personagens, passamos anos tentando entender a diferença que existe entre ela e o nosso eu verdadeiro. Pautamos relacionamentos e ofícios todos na personagem que verdadeiramente não se encaixa em nós. E a insatisfação vem de inúmeras formas, o mais escondidas e inconscientes possível.
Para tentar ao máximo garantir aos nossos filhos que tenham a maravilhosa experiência de viver sendo eles mesmos, precisamos entender que não podemos nomear o que lhes acontece de acordo com o que nos é conveniente. Mas sim com o que realmente lhe está acontecendo. Aprender a perguntar "meu filho, do que você precisa de mim?", "o que você está passando?".
Um exemplo lindo da Laura Gutman é:
O filho não quer ir pra escola. Pode-se nomear isso e dizer "esse menino é preguiçoso igual o pai" e encaixa-lo nessa personagem, a qual ele tomará para si e passará a agir como "o filho preguiçoso" para satisfazer os desejos do discurso da mãe.
Mas também pode-se perguntá-lo "por que não quer ir para a escola?", e descobrir que lá ele tem sido mal recebido por colegas e que tem tido péssimas experiências.
Na primeira, vale ressaltar, além de nomearem a experiência da criança, também a deixaram desamparada com o que acontecia na escola. A partir dali, passa a ser um menino sozinho, sofrendo na escola, e considerado preguiçoso em casa.
Na segunda, ele é acolhido e tratado com carinho. Suas dificuldades são ouvidas, e com a maturidade do adulto que as escuta, são pensadas e solucionadas. Ele tem alguém. Ele é ele mesmo, e tem alguém.
Isso muda o mundo dele, muda o relacionamento dele com os pais, muda o relacionamento dele na escola, as notas, os amigos, a confiança em si! E todos os anos que estão por vir acabam sendo diferentes.
Percebe o poder? O poder imenso? O quão incrível pode ser, e o quão desastroso também?
Dica do coração :
Se desfaça de suas conclusões e dos nomes dados, e pense: O que está acontecendo com meu filho? Do que ele precisa de mim?
#OPoderdoDiscursoMaterno
Deixe Seu Comentário
Postar um comentário