Saltos de Desenvolvimento e Picos de Crescimento: o que seguir?

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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
Não raro, enquanto pais, recebemos tabelas para acompanhar fases dos filhos: Pico de Crescimento, Saltos de Desenvolvimentos, fases da dentição, entre outros. E, frequentemente,
encontramos pais justificando com essas fases as mudanças que acontecem no comportamento do bebê: está mamando mais, está chorando mais, está dormindo menos. 

E aí mora o perigo dessas tabelas e quadros: corremos o risco de enquadrar o bebê em fases e sintomas, perdendo a oportunidade de observar, conhecer e entender o que realmente passa o bebê! 



Não me entenda mal, não estou falando que as fases não existem, ou que não gosto desses quadros. Eles são legais, mas eu costumo falar que arriscam de virar mito fácil. É como a amamentação em livre demanda. Se é livre demanda mas tem um quadro de horários na parede, fica tendencioso. E tudo o que acontece você acaba buscando uma fase para justificar, um pico para encaixar, ao invés de reconhecer aquele ser como único e compreendê-lo dentro de sua própria experiência. 

Por isso, reforçamos: "não nomeie, ouça"!

Ao encaixar aquelas novidades em fases e picos, arriscamos não compreender as novidades como parte da experiência, como pedidos, como comunicação. O que pode estar pedindo esse bebê, que não está com dor de dente nem com pico de crescimento..? Como saber de qual deles se trata, ou se de nenhum deles, se não estamos disponíveis para verdadeiramente ouvir o que pede o bebê? 

Outro perigo das fases pre determinadas é a profecia auto realizadora! Por exemplo, quando você sabe que a "a fase x está chegando", você tende a ver as características daquela fase e quase que vê-las em tudo, até quando não existem. O bebê se torna aquela fase, e não mais se vê. A individualidade se perde, dando lugar para as expectativas. E isso acaba por determinar toda a sua experiência, ao invés de vivência- lá da forma única que é! 
Cada bebê, cada pai e cada mãe vai viver o crescimento e desenvolvimento de uma forma! Essa é a beleza da subjetividade e da individualidade! Mas que se perdem quando tentamos encaixar num todo, como se a infância fosse uma matéria exata, uma experiência certa, com dia para começar e acabar cada nova etapa. 

E isso ainda se agrava quando são fases taxadas de difíceis, com nomes negativos como o Terrible Two. Muitos pais acabam tendo medo dessas "fases" e reagindo à elas, quando se não tivessem um "nome", lidariam melhor. 
Sobre esse tema, Simone de Carvalho fala em seu blog "Se as Mães Soubessem" que sem as expectativas dos nomes das fases, podemos ter experiências únicas e deliciosas com o desenvolvimento de nossos filhos! Que tal viver o Wonderfull Two? Que tal curtir cada etapa, sem ordem, sem nomes, sem expectativas.. vivendo um dia de cada vez?

Vamos perceber que essa proposta vai além: conhecer cada etapa e cada fase que o seu filho passa, do jeito dele e no tempo dele, tornando única a experiência de vocês, o relacionamento entre vocês, uma vez que se conhecem de forma tão única e profunda, que faz toda a experiência tomar outra dimensão! 

Ao invés de nomear as fases, vamos vivê-las! 

Só assim teremos a verdadeira certeza do que se passa com nossos filhos: vivendo com eles esses momentos! 

Caso você queira ler o artigo de Simone, clique aqui!

Espero que amem! 

Bjs

#PsiMama

Obs: esse texto estava maravilhosamente escrito muito mais lindo e foi perdido. Essa segunda versão não está tão linda e carinhosa, e quero dividir com vocês isso. Essas coisas acontecem, e esse texto estava muito melhor. Saibam disso! kkkkkk bjobjo

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