Ter o segundo filho pode ser uma
experiência muito turbulenta. Dependendo da diferença de idade entre os filhos,
essa turbulência pode ser uma tremidinha ou uma tremedona. No entanto, o que
vai ditar mesmo a existência e a intensidade da turbulência será a conexão dos pais com suas verdades
interiores.
Isso por que, se o nascimento do
filho é o encontro com a própria sombra, o nascimento do segundo filho pode pesar
se a distância do primeiro for curta, e você ainda estiver processando o ultimo
encontro que vocês tiveram. Ainda sim, mesmo que com maior distância, haverá um novo encontro com a sombra.
(mais sobre encontro com a sombra aqui)
(mais sobre encontro com a sombra aqui)
Outro fator que pode pesar na
curta distância entre o nascimento dos filhos é a fusão emocional mãe/ bebê com
o mais velho, que pode sofrer um corte muito abrupto com o nascimento do
segundo. E como ainda não há verbalização completa do primogênito, pode ser um
pouco mais difícil a compreensão de tudo isso que está acontecendo na vida
dele.
Por isso, é muito importante
(independente da diferença de idade) que haja constante comunicação sobre essas mudanças que estão a caminho
desde a gravidez. Além disso, o ideal é organizar, antes da chegada do bebê, as
novas rotinas da casa, elaborando e instalando as mudanças, centralizando no
pai as atividades com o pequeno. Feito isso, quando o bebê chegar essas
novidades já serão notícia velha, e não estarão então se acumulando com a adaptação que é a chegada do caçula.
(mais de comunicação aqui)
No entanto, é importante que se estabeleça atividades e momentos da mãe com o mais velho, para que não haja ausência. Claro que precisamos lembrar que essa mãe é então mulher puérpera, e que dentro disso tem seus limites (mais aqui). Ela precisa, também e principalmente, ter condições de mergulhar nessa nova fusão e cuidar com dedicação do bebê. Mas, vale reforçar, não será a única atividade como no primeiro.
No entanto, é importante que se estabeleça atividades e momentos da mãe com o mais velho, para que não haja ausência. Claro que precisamos lembrar que essa mãe é então mulher puérpera, e que dentro disso tem seus limites (mais aqui). Ela precisa, também e principalmente, ter condições de mergulhar nessa nova fusão e cuidar com dedicação do bebê. Mas, vale reforçar, não será a única atividade como no primeiro.
E é importante que a mulher compreenda e espere isso. Que será outra experiência completamente. E isso é importante, para se entender e respeitar. Outro filho, outro puerpério, outra jornada. Então, não se cobre diferente disso. Nem compare. Pois assim como a gravidez, toda a experiência será nova!
Deve ser uma coisa saudável para todos. Mas é muito importante que, considerando isso, o mais velho seja foco de momentos pontuais. E, tão importante quanto, é a presença do mais novo nesses momentos. Não adianta privar um ao outro da convivência. Aquela presença é a realidade agora. O que muda é apenas o foco. A atenção. Mostrar para o mais velho que ele também tem seu tempo, amor e atenção.
Outro detalhe muito importante é entender que o mais velho vai passar por um período de adaptação, e que está tudo bem. Essa fase vai passar. Não é como ele vai ser daqui em diante, e nem como ele “está sendo”, mas uma fase. É necessário que se compreenda e que se respeite isso, para que ele possa evoluir. Mas também é absolutamente necessário que os pais analisem e observem essa fase, por que os comportamentos vão dar a luz vermelha das demandas para essa evolução (mais atenção, carinho, conversa, o que ele mostrar que precisa). E na criação, cada fase não concluída é uma fase pendente, e não queremos isso.
(mais de adaptação aqui)
Portanto, não nomeie. Não chame de “ciúme”
nem de “competição”. Foque em observar o que esse comportamento está
te dizendo! Ele está se sentindo sem atenção? Está se sentindo deixado de lado
ou substituído? E, principalmente, o que
você como adulto pode fazer para suprir essa demanda? Conversar
(comunicação positiva com direito à verdade - mais aqui), tirar um tempo pra ele, curti-lo
bastante. Com o cuidado de não ficar tentando compensar, exagerando ou
extrapolando o que era feito antes do irmão nascer.
Outro ponto super importante é entrar em contato com sua verdade interior. Como você está? Como está lidando com essas mudanças e adaptações? Lembre que seus sentimentos serão projetados nas crianças, e sua saúde emocional é tão importante para você quanto para eles agora!
"Ao nomear o sentimento "ciúme", pode-se não só estar deixando a criança desacolhida, como também construindo nela um sentimento e, posteriormente, um padrão de comportamento para com o novo bebê." Mais aqui.
Outro ponto super importante é entrar em contato com sua verdade interior. Como você está? Como está lidando com essas mudanças e adaptações? Lembre que seus sentimentos serão projetados nas crianças, e sua saúde emocional é tão importante para você quanto para eles agora!
Outro cuidado importante é
estimular o carinho entre irmãos, evitando ao máximo a separação deles. Às vezes, com medo da reação de um com o outro,
tendemos à separá-los. Mas isso, além de prejudicial ao relacionamento entre
eles, necessariamente impõe que haja a separação do mais velho com a mãe
também. E devemos evitar essas mudanças muito bruscas, e tentar ao máximo
incluí-lo nas atividades de forma cotidiana na presença do irmão. Ou seja,
apresentar a ambos a nova realidade como realmente é, e deixar que se adaptem
naturalmente, aceitando essa nova etapa da vida.
A forma como os pais enxergam a
chegada do bebê e o relacionamento entre irmãos vai ditar grande parte da forma
como eles vão se relacionar. Se vai vir pra acrescentar ou para substituir, para agregar ou para separar, para ser amigo ou para competir, isso vai depender do discurso que vai predominar na casa.
Ou seja, depende dos pais. E, portanto, é uma projeção de suas sombras. O que
pode os colocar muito em contato com aspectos da própria infância, do próprio
passado, e esse caminho, essa jornada, deve ser feita com muito carinho e
cautela, para que esses adultos passem por esse momento de forma saudável. E
consigam guiar os filhos com as verdades interiores expostas, e verdades
externas muito claras.
Pode ser um momento
turbulento, sim. Mas também transformador, agregador e mágico!
Depende só da conexão
dos pais consigo mesmos. Com a criança que foram. E com a vida que desejam para
os filhos que hoje guiam pela novidade de conhecer a nova vida.
Se preparando e em conexão consigo e com os pequenos, possibilita viver toda essa experiência de forma verdadeira. É assim, além de intensa é também uma delicia!
Curta bastante!!
Depois conta pra gente como foi!
Grande beijo!
PsiMama
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